No teu verde podemos imaginar, ao contemplar-te a cor da esperança. Intrepidez dos bandeirantes e a meiguice das ondas que se projetam sobre nossas belas praias.
O teu ouro é o sol que nos alimenta, impulsiona e excita. Pai das nossas searas e o responsável pela nossa fartura, que irá nos projetar no cenário mundial impulsionando a ambição e a determinação dos que juntam seus braços e suas cabeças para o desenvolvimento desta terra de inesgotável beleza.
O teu azul representa o céu que nos abençoa com a soalheira ofuscante, luares mágicos e o enxame de estrelas, tendo o Cruzeiro do Sul como fiador da nossa história, pois viu a terra desconhecida, a terra descoberta e abençoou a alvorada da nossa pátria.
O teu branco inspira a fraternidade, a solidariedade e a paz, o "jeitinho brasileiro" com o qual conseguimos superar as crises e delirar nos dias de vitória.
O teu dístico - Ordem e Progresso - segundo o rei Jorge V da Inglaterra, deveria ser a divisa de todas as bandeiras do mundo, inspira "o amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim".
Bandeira do Brasil, pela sintonia da tua composição e a beleza das tuas cores, pelo que identificas, nós Leões, desejamos fazer de ti profissão de fé nos destinos do nosso querido Brasil que tão bem representas, citando o nosso lema: SERVIR.
A mão deve ser firme, o coração sensível e a razão obstinada.
Um tanto místico, outro tanto carismático.
O trabalho é simples, pois os riscos já vêm prontos, mas também difícil, pois precisa ser perfeito.
As cores são poucas: azul, amarelo, verde e branco.
O azul deverá ser igual ao céu. Aquele que só se encontra nas manhãs bem claras de verão. Que, ao certo, não se sabe se reflete a água ou a água reflete o céu. Aquele azul divino, especial, infinito.
O amarelo deverá ser do miolo das flores que as abelhas procuram para transformá-lo em mel. Como trigo maduro. Quente como o sol. Cheio de luz e vida.
O verde, ah! O verde tem que ser lindo e majestoso.
Parece fácil, mas não é. Ocupa o maior espaço. É preciso buscá-lo de norte a sul, de leste a oeste. O verde tem que ser da cor real da esperança e perfumado como as matas frondosas, a relva cheia de orvalho e as pastagens ao vento. E mais um pouco das folhas de todas as árvores nativas desta terra maravilhosa. O verde tem que lembrar o paraíso.
E o branco, onde buscá-lo?
Este será o reflexo da alma e do amor com que o artista irá pintar. Transbordante de ORDEM E PROGRESSO, frente ao desafio tão grande. Pintar o branco é como deixar parte de si: sua assinatura.
Quem conseguir ganhará algumas estrelas. Estas ele poderá escolher durante a noite ao olhar para o céu, buscando respostas. Em seguida, deverá pegar estas estrelas cintilantes e jogá-las, suavemente, sobre a pintura.
Dará um toque todo especial!
Procura-se um pintor que saiba acomodar as estrelas.
Que receba o seu prêmio sem querer a obra para si. Depois de pronta, ela se multiplicará, como por encanto, e irá morar no templo de milhões de pessoas e pertencerá a todos, sem ser de ninguém.
Vai simbolizar passado, presente e futuro...
Procura-se um pintor que compreenda, sem precisar dizer, que irá pintar a bandeira de uma grande NAÇÃO.